Veja as impressões da reforma eleitoral dias antes das eleições municipais

Veja as impressões da reforma eleitoral dias antes das eleições municipais

 

No início desse ano, o Acontece conversou com Alexandre Rollo, Doutor e Mestre em Direito das Relações Sociais e advogado especialista em Direito Eleitoral, para entender as principais mudanças propostas pela Lei nº 13.165/2015, mais conhecida como reforma eleitoral.

 

Entre as principais inovações citadas pelo profissional estava a redução do tamanho das campanhas eleitorais de 90 para 45 dias. “Pode ser positivo porque demandará menos recursos.

 

Porém, haverá uma menor oportunidade para o surgimento de novas lideranças, pois o espaço menor acaba privilegiando quem já é conhecido e está buscando reeleição”, explicou.

Além da redução do período de campanha, outro ponto que chamou a atenção dos eleitores foi a redução do tempo das propagandas veiculadas na TV e no rádio. Os blocos passaram a ter apenas 10 minutos e acontecem duas vezes ao dia em cada formato.

 

No caso das inserções, dessemelhantes a chamadas durante a programação, elas contam com duração de 30 e 60 segundos para prefeito e vereador, respectivamente, todos os dias da semana, totalizando 70 minutos diários, distribuídos ao longo da programação, das 5 horas da manhã à meia-noite.

A alguns dias das eleições municipais, que acontecem no próximo domingo (2), nossa reportagem conversou com algumas pessoas para saber as impressões e efeitos com as mudanças da nova lei.

A sourcing manager Heloisa Zanete, 37, não acredita que a propaganda política seja capaz de interferir em sua escolha. “Não escolho meus candidatos dessa maneira, pois política não é algo para se vender em um comercial de TV ou rádio.

 

A escolha deve ser mais criteriosa, baseada em fatos e na realidade”, explica. Por conta disso, Heloísa gostou das mudanças, já que assim ela vê seus programas favoritos perderem menos tempo para as propagandas eleitorais.

A analista de comunicação Cristiane Bomfim, 34, tem uma opinião parecida. “Desta forma, os candidatos têm menos tempo para mentiras”, conta. A eleitora conta que nunca utilizou os comerciais como ferramenta para a escolha de seus candidatos.

 

“Baseio minha escolha no plano de governo que o candidato propõe e/ou no que ele já fez pela cidade: se cumpriu o que prometeu, se foi um vereador atuante, se esteve envolvido em escândalos”, explica Cristiane.

Já para o gerente de mídias sociais Obede Junior, 30, a propaganda é uma ferramenta importante. “Não escolho exclusivamente pela propaganda, mas ela ajuda a iniciar a pesquisa”. Ele acredita que a redução do tempo diminui o debate e torna a discussão muito rasa.

 

*Conteúdo produzido pela LFG

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