O novo concurso Funai (Fundação Nacional do Índio) busca autorização do Ministério da Economia para que possa sair do papel. O órgão encaminhou, em maio, um requerimento solicitando a liberação de 1.908 vagas nos níveis médio e superior.
Para o ensino médio foi requerido um total de 1.560 oportunidades na carreira de agente indigenismo. A remuneração inicial corresponde a R$ 4.891,07, sem incluir o auxílio-alimentação no valor R$ 458.
As demais chances são para candidatos com formação superior e estão distribuídas entre os seguintes cargos: indigenista especializado (156), assistente social (19), economista (18), administrador (15), antropólogo (14), engenheiro (13), sociólogo (11), contador (8) e psicólogo (4). Neste caso, os vencimentos são de R$ 5.962,87 mais o vale-alimentação de R$ 458.
O pedido foi encaminhado no final de maio e está em análise no ministério. A expectativa é de o aval seja concedido em breve para que o certame aconteça em 2020.
Defasagem de pessoal
Consta no requerimento que a Funai possui, atualmente, 2.767 postos vagos, já descontadas as perdas de 114 vagas recentemente extintas pelo decreto nº 9.754/2019.
O órgão ainda relatou que “há um agravamento referente ao histórico de anos de ausência de concursos, o que prejudicou a transferência de conhecimentos entre servidores veteranos e recentes, bem como a manutenção do equilíbrio da força de trabalho ao longo do tempo. Neste cenário, deve-se, ainda, considerar que, atualmente, a grande maioria dos servidores possuem idade acima de 50 anos, ou seja, devido a previsão de um ritmo maior de aposentadorias e consequente redução nos quadros de servidores da Funai suscita-se preocupação com relação à continuidade do cumprimento das atividades e acende o alerta da necessidade de recomposição da força de trabalho da Funai. Cumpre ressaltar, que a análise não parte de um olhar para o passado sobre a força de trabalho, mas sim, de um olhar no presente com impacto nos próximos anos, quanto à necessidade urgente de fortalecer a equipe técnica da Funai.
Atribuições do agente indigenista
O agente indigenista exerce todas as atividades administrativas e logísticas a cargo da Funai, prestação de suporte e apoio técnico especializado, execução de atividades de coleta, seleção e tratamento de dados e informações especializadas, orientação e controle de processos voltados às áreas de proteção e defesa dos povos indígenas e acompanhamento e fiscalização das ações desenvolvidas nas áreas indígenas. Cabe ao auxiliar em indigenismo o desempenho das atividades administrativas e logísticas de nível básico.
Último concurso Funai
Em 2016, a fundação promoveu seleção para o preenchimento de 220 oportunidades de nível superior para indigenista especializado (202), contador (6), engenheiro agrônomo (5), engenheiro agrimensor (4) e engenheiro civil (3).
Sob a organização da Esaf, o concurso Funai teve 100 questões de múltipla escolha sobre conhecimentos gerais (língua portuguesa, raciocínio lógico e quantitativo, direito constitucional e administrativo, legislação indigenista, informática básica e administração pública) e conhecimentos específicos.
Os participantes também foram submetidos um exame discursivo, que consistiu no desenvolvimento de um estudo de caso sobre matérias integrantes do conteúdo específico de cada cargo. O texto deveria ter entre 45 e 60 linhas.
As avaliações aconteceram nas cidades de Rio Branco/AC, Maceió/AL,Manaus/AM, Tabatinga/AM, São Gabriel da Cachoeira/AM, Macapá/AM,Salvador/BA, Fortaleza/CE, Brasília/DF, Vitória/ES, Goiânia/GO, São Luís/MA, Imperatriz/MA, Belo Horizonte/MG, Campo Grande/MS, Dourados/MS,Cuiabá/MT, Sinop/MT, Belém/PA, Altamira/PA, João Pessoa/PB, Recife/PE,Teresina/PI, Curitiba/PR, Rio de Janeiro/RJ, Natal/RN, Porto Velho/RO,Ji-Paraná/RO, Boa Vista/RR, Porto Alegre/RS, Florianópolis/SC, Aracajú/SE, São Paulo/SP e Palmas/TO.
O JC Concursos fará a cobertura completa do concurso Funai, em contato com a associação e órgãos responsáveis para a autorização e publicação do edital.