Luciane Sartori, professora de português da LFG, compartilha algumas dicas importantes sobre o uso do hífen. Tome nota e evite confusões:
Use:
• Quando há junção de duas palavras dando origem a uma nova palavra, com sentido especial.
Exemplo 1: “Três vezes o salário que recebe o coordenador é o salário-mínimo que recebe o gerente”.
Exemplo 2: “O salário–mínimo aprovado pelo Congresso Nacional surpreendeu a todos”.
• Quando um dos elementos da composição perder o seu sentido e o conjunto de palavras da composição passa a ter significado próprio.
Exemplos: Decreto-lei, arco-íris, primeiro-ministro, segunda-feira.
• Nas composições de palavras que designam espécies botânicas e zoológicas.
Exemplos: Bem-me-quer, bem-te-vi
• Nos chamados encadeamentos vocabulares.
Exemplos: Ponte Rio-Niterói, ligação Angola-Moçambique, diálogo governo-supermercados.
• Hífen com prefixos ou falsos prefixos. Nas palavras formadas por derivação, ou seja, que “nasceram” de outras. Nesse caso, o hífen será empregado basicamente quando o segundo elemento (palavra primitiva) dessa formação se iniciar por “h” ou pela mesma letra em que termina o prefixo ou o falso prefixo da formação.
Exemplos: Auto–ordenamento, anti–humano, auto–hemoterapia.
Não use:
• Quando o primeiro elemento termina em vogal e após essa vogal a primeira letra da próxima palavra começa com “r” ou “s”. Nestes casos, a letra “r” ou “s” será dobrada.
Exemplos: Antirracial, antissemita, antirrepública, antissocial.
• Quando as formações forem com os prefixos “des” e “in”.
Exemplos: Desclassificar, desanuviar, desconsiderar, incalculável, incapaz.
• Quando a palavra tiver perdido o “h” original.
Exemplos: Desumano, inábil.
O restante diz respeito à formação da palavra com prefixo que ora se associa a palavras e outras não.
*Conteúdo produzido pela Rede LFG