Um pouco elétrico, mas sempre muito focado, o professor Diego Pereira Machado sempre se preocupou em passar o máximo de conteúdo durante as suas aulas, de forma certeira e com perfil motivacional. Desde muito jovem esteve envolvido com a carreira pública e com as aulas para concursos, para a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), graduação e cursos de pós-graduação. No ano passado (2018), completou dez anos como professor da Rede LFG.
Ainda, aos 23 anos, ingressou como Procurador Federal da AGU (Advocacia Geral da União) e foi no ano seguinte, com apenas 24 anos, que começou a dar as aulas na Rede LFG.
Hoje, aos 35 anos, ele é Tabelião de Notas e de Protesto, pai, gremista e fã de filosofias de vida que exploram ou tentam ensinar como o ser humano pode se superar e vencer qualquer adversidade.
Entre essas filosofias, ele cita como exemplo a “Pedagogia da Superação”, estudada pelo Professor José Luiz Tejon Megido – tema que, inclusive, figura entre tantos de seu blog pessoal.
Dentro de seu currículo há um doutorado (em curso), uma especialização, uma pós-graduação, um mestrado e participações em cursos em Cambridge, na Inglaterra, e em Washington, nos Estados Unidos. Ele também participa ativamente em programas de televisão, como os da TV Justiça. É também autor de livros, integra o Conselho Nacional da Academia Brasileira de Direito Internacional e é membro de conselhos editoriais de revistas acadêmicas.
De qualquer forma, o professor Diego gosta de enfatizar sua origem: “sou gaúcho, da região das Missões, no Rio Grande do Sul, nascido em São Luiz Gonzaga, criado em Santiago, considero-me um guri – como falam os gaúchos – muito feliz e grato”.
Criado no interior, cidade pequena, zona rural, o professor não esconde a saudade da casa dos pais. Diz ele que foi em razão de “minha infância feliz, saudável, com pais presentes e firmes, que consegui evoluir… saudade dos pampas!”.
Como começou no mundo do Direito?
Foi por acaso. Eu tinha muitas dúvidas quanto a qual carreira seguir. Então por exclusão ingressei no Direito e por “amor à primeira vista” pela a área jurídica me mantive e me aperfeiçoei.
Sempre tem algum anjo que nos guia e nos influencia. Como eu não tinha familiares da área jurídica, quem me fez gostar ainda mais do Direito foi meu querido amigo Florisbal de Souza Del’Olmo – um professor maravilhoso.
Em 2005 formei-me em Direito no IESA de Santo Ângelo e depois fui aprovado em alguns concursos, como técnico, analista, delegado, etc. Até chegar à AGU, onde fiquei como Procurador Federal por quase 10 anos. Então, voltei a estudar – o que é muito difícil, e me tornei, orgulhosamente, Tabelião de Notas e Protesto no interior de São Paulo.
Crescer na carreira jurídica, foi fácil? Quais as adversidades?
Grandes conquistas exigem grandes riscos, grandes esforços. E mais: exige que tenhamos de superar grandes adversidades. Quem não quer se frustrar, sofrer, cair ou correr riscos, aceite a mesmice, não fique lamuriando, vitimizando-se.
É preciso viver com coragem, com riscos, com foco e empenho, buscando sempre a perfeição. O que me ajudou foi que, depois de muitos erros, fracassos, tombos e algumas frustrações, eu consegui desenvolver uma fé inabalável.
Essa fé inabalável é aquela que se mantém firme mesmo diante dos desafios, mesmo frente às doenças, mesmo com a perda de pessoas queridas. Em síntese: mantenha-se firme!
Gosto de explicar essas adversidades da vida com explanação de Steve Jobs. Certa vez, ele disse: “Às vezes a vida te acerta na cabeça com um tijolo. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me manteve no caminho foi amar o que eu fazia. Você precisa encontrar aquilo que ama”.
Não há outra opção a não ser viver intensamente, com alegria, cada um com suas características. Cada um tem seu tempo, mas todos precisam ter foco e paixão pelo que tem, gratidão pelo o que conseguiram e esperança pelo o que virá pela frente.
Você se considera um profissional bem-sucedido?
Considero-me realizado, feliz e acima de tudo GRATO! Qualquer passo para o sucesso começa pela gratidão. Sentimento este tão esquecido, num momento de supercapitalismo e superconsumo. O ser humano muitas vezes está à espera de algo a mais, e só lhe resta esquecer o que já percorreu.
Muito obrigado por esta oportunidade, agradeço à Rede LFG, aos seus competentes profissionais e ao professor Luiz Flávio Gomes, que numa tarde ensolarada, quando estava trabalhando na AGU ligou para meu celular e me convidou para assumir um curso intensivo, eu só lembro dele falando: “AVANTE … AVANTE … AVANTE …”.
Na semana seguinte eu estava dando aula ao lado dos meus professores de LFG, todos “show”, como Pablo Stolze, André Paes, Mazza, Hermes Arrais, Tathiane Piscitelli, Fabrício Bolzan, entre outros.
E daqui retiro mais um mantra para minha vida: admire as pessoas certas, busque exemplos, cole nos melhores para crescer profissionalmente. Para quem estuda para concurso, o mestre William Douglas tem um mantra pertinente: “Uma pessoa mediana que imita o que fazem as pessoas de alta performance será, depois de algum tempo, alguém de alta performance”.
Você sempre desejou ser tabelião?
Jamais! Fiquei um pouco chateado com a AGU, é verdade. A Instituição se desvalorizou e se politizou. Isso me frustrou, mas tenho uma gratidão e uma admiração imensa pela AGU e pelos amigos e colegas de lá.
Pena que a sociedade e o governo não conseguem ver a imprescindibilidade da AGU. A AGU tem uma missão nobre, mas desconhecida: ela previne a corrupção, ela evita que o dinheiro público vá pelo ralo.
E isso se aplica aos Cartórios, ainda desconhecidos pela sociedade. Os Cartórios no Brasil, modelo copiado por outros países, é uma “fábrica” de segurança jurídica eficiente, com custo zero para o Estado, com altos índices de arrecadação de tributos e são hoje responsáveis pelo combate também preventivo à corrupção, evitando a lavagem de capitais.
Nesse ponto a AGU e a atividade extrajudicial (os popularmente conhecidos como “cartórios”) têm características em comum: são fundamentais e imprescindíveis para o crescimento econômico eficiente e seguro, bem como para o combate preventivo à corrupção, mas são desconhecidos pela sociedade e desvalorizados pelo governo.
De qualquer forma, ser Tabelião é maravilhoso, mas dá trabalho!
Pode deixar um recado final, por favor?
Algo simples. Cito Margaret Thatcher, que já há algum tempo, avisava: “Cuidado com seus pensamentos, pois eles se tornam palavras. Cuidado com suas palavras, pois elas se tornam ações. Cuidado com suas ações, pois elas se tornam hábitos. Cuidado com seus hábitos, pois eles se tornam o seu caráter. E cuidado com o seu caráter, pois ele se torna o seu destino. O que nós pensamos, nos tornamos”.
Conteúdo produzido pela LFG, referência nacional em cursos preparatórios para concursos públicos e Exames da OAB, além de oferecer cursos de pós-graduação jurídica e MBA.