100 dicas de português para concurso!

Português para concurso: mulher escreve
Confira dicas de língua portuguesa para concursos

Se você tem interesse em prestar um concurso público, provavelmente já sabe que precisará estudar com afinco. Para além das matérias técnicas e específicas, com frequência cobradas, a Língua Portuguesa também costuma ser um tópico importante. 

Apesar de o domínio do português ser uma das competências obrigatórias para profissionais de qualquer área, erros e dúvidas quanto ao uso correto da língua são bastante comuns. Por isso é tão importante estudar português para concurso. 

Os erros frequentes refletem problemas que podem vir desde a educação básica. Assim, muitas pessoas acabam ingressando no mercado de trabalho ou iniciando seus estudos para concursos públicos com muitas dúvidas. Além de deficiências na formação, a falta de familiaridade com a escrita também contribui para o problema. 

Portanto, se você costuma consultar o dicionário e a internet para sanar dúvidas linguísticas pontuais, aproveite este guia com as principais dúvidas e algumas pegadinhas de português para concurso! Tudo de acordo com nossa mais recente reforma ortográfica. Além de uma série de dicas para estudar português para concurso, neste artigo vamos explicar a importância dessa disciplina, quais pontos são mais importantes e como você pode se preparar para ter um maior aproveitamento das suas horas de dedicação. Tenha uma ótima leitura!

Português para concurso: Reta Final INSS

Por que estudar português para concurso?

A Língua Portuguesa é a única matéria que está presente em todos os concursos públicos, independente da área de atuação do candidato. Este fato, sozinho, já bastaria para justificar a importância de dominar a ortografia, a gramática e a interpretação de textos.

No entanto, os benefícios de estudar português para concurso vão além do fato de que esta é uma disciplina recorrente.

De fato, o estudo da língua aprimora habilidades relevantes para toda a vida profissional dos candidatos, auxiliando no pensamento crítico e na criatividade, além de melhorar a capacidade de argumentação.

Assim, se você deseja se sair bem não apenas em uma prova, mas em toda a sua carreira, estudar a língua portuguesa é essencial. Vale lembrar, que estamos falando aqui do português apresentado pela chamada “gramática normativa” e reconhecido como o “correto”.

Leia mais: 15 atitudes profissionais para garantir uma carreira de sucesso!

O que estudar de português para um concurso público?

Para começar a estudar português para um concurso, é preciso ter em mente quais são as disciplinas que costumam ser mais cobradas nas provas. Abaixo, separamos alguns exemplos que devem ser priorizados pelos candidatos. Confira:

1. Ortografia

A ortografia é a parte da gramática normativa preocupada na grafia considerada correta. Ela é formada por um conjunto de regras pré-estabelecidas que abrange não apenas as letras, mas também os sinais gráficos e os sinais de pontuação.

Embora não se possa esperar de um candidato que ele aprenda todas as regras de ortografia da gramática, este é um dos principais tópicos dos concursos. Por isso, vale a pena começar por aqui.

Confira: Superdicas de Ortografia!

2. Concordância verbal e nominal

As regras de concordância verbal e nominal determinam a relação que garante que as palavras de uma frase concordem umas com as outras. No caso da concordância nominal, isso significa concordar o subjetivo com os termos que a ele se refere, como os artigos e os adjetivos. Isso evita erros comuns, como “A menino era feio.”

Já a concordância verbal é a responsável por concordar os verbos com os sujeitos. Assim, frases como “Nós tem um cachorro” são consideradas fora da gramática normativa.

3. Crase

O uso da crase é um dos temas mais temidos pelos candidatos que precisam estudar português para concurso. Embora pareça um tema complicado, porém, ele é, na verdade, bastante simples — só é preciso se dedicar um pouco.

A crase faz referência a uma união de sons semelhantes, marcada pelo acento gráfico (`). É o que acontece quando um artigo “a” encontra a preposição “a”, criando o “à”.  Porém, as regras para esse uso podem variar bastante, por isso é importante se dedicar e estudar cada caso.  

4. Pontuação

A pontuação é, de longe, um dos mais importantes temas para estudar quando falamos de português para concurso. Embora faça parte do tema da ortografia, ela também merece uma atenção especial. 

Afinal, aprender a usar todos os sinais de pontuação adequadamente é uma maneira de garantir uma boa pontuação, além de uma boa impressão, principalmente em provas discursivas. Por isso, vale a pena dedicar um tempo extra para focar em temas como o uso da vírgula, por exemplo.

5. Morfologia

A morfologia é a parte da gramática normativa que se preocupa com a origem, a formação e a classificação das palavras. Assim, ela divide o português em 10 classes gramaticais: substantivo, adjetivo, artigo, conjunção, numeral, verbo, advérbio, preposição, pronome e interjeição. 

Vale pontuar que a morfologia estuda as palavras de forma isolada. Assim, nem sempre leva em consideração o contexto em que elas estão inseridas. 

6. Sintaxe

A sintaxe faz referência ao estudo da ordem e da relação das palavras e frases em um contexto. Pensa, portanto, a organização lógica dos termos de uma oração — sujeito, predicado, complemento etc. 

Para conhecer bem a sintaxe, é preciso ter familiaridade com as classes de palavras e também com as funções que elas podem exercer em uma frase. Ou seja: embora seja importante dominar este conceito e os temas que ele abrange, é importante já ter uma base do português, antes.

7. Semântica

A semântica é o estudo do sentido das palavras, das expressões, dos sinais e dos símbolos. Ela foca na relação entre os significantes, estabelecendo, entre eles, um contexto e um sentido popularmente aceito.

A semântica é especialmente importante quando tratamos de questões de concurso que envolvem a interpretação textual e o jogo de palavras.

8. Fonética

A fonética é o ramo da Língua Portuguesa que se preocupa principalmente com os sons produzidos pela fala humana. 

Embora pareça um tema muito simples, questões envolvendo fonemas podem ser bastante complicadas em concursos públicos. E, para os candidatos desabituados a lidar com elas, podem significar uma nota mais baixa.

9. Regência verbal e nominal

A regência é a parte do português que faz referência à relação entre uma palavra e seus dependentes. Assim como a concordância, divide-se entre a regência verbal, na qual os termos regidos são o objeto direto e o objeto indireto, e a regência nominal, onde um nome (substantivo) estabelece uma relação com um termo regido (seu complemento).

10. Interpretação de texto

É claro que não poderíamos esquecer da interpretação de texto. Com frequência deixada de lado pelos candidatos a concursos públicos, ela é, na verdade, fundamental para um bom desempenho nas provas de Língua Portuguesa.

Se você deseja aprender mais sobre o assunto, pode conferir esse artigo que te ensina como se tornar um mestre da interpretação de texto!

Como estudar português para concurso?

Apesar da inegável importância do estudo do português para concursos públicos, começar esse processo pode parecer um pouco confuso para os candidatos. E isso é completamente justificável, afinal, como acabamos de mostrar, são vários os tópicos importantes para a prova.

Por isso, para te ajudar a entender como começar a estudar e como fazer desse estudo um processo produtivo, a equipe do LGF separou 5 dicas principais. Confira!

1. Crie uma rotina de estudos

Primeiramente, antes de começar a estudar português para concursos públicos, você deve focar em estabelecer e seguir uma rotina de estudos que funcione. Afinal, para ter mais chances de aprovação, é necessário disciplina. 

A rotina de estudos é a principal responsável por garantir que você dará conta de todo o conteúdo programático. Além disso, ela aumenta as chances de que você tenha tempo para praticar questões e não esteja exausto no final da jornada. 

Para criá-la, leve em consideração as suas obrigações (faculdade, trabalho, filhos) e também os seus momentos de lazer. Separe um horário diário apenas para os estudos e mantenha a rotina flexível o suficiente para que, em casos de emergência, você não fique muito atrasado no cronograma.

2. Tenha uma boa gramática em mãos

A gramática é a sua melhor amiga quando falamos do estudo de português para concurso. Afinal, é nela que estão todas as regras com as quais você precisará estar familiarizado no dia da prova. 

Escolher uma boa gramática é uma maneira de garantir que você terá acesso a informações claras e corretas. Outra vantagem é que a gramática oferece a estrutura necessária para o estudo, uma vez que organiza os conteúdos de modo que eles façam mais sentido conforme o candidato avança.

Dessa maneira, você evita pular partes importantes para compreender temas mais complexos e fica com menos lacunas de aprendizado.

Confira: Gramática Comentada com Interpretação de Textos para Concursos

3. Estude a partir de questões anteriores

Este é um dos métodos mais conhecidos — e mais eficazes — quando falamos do estudo para concurso. As questões anteriores oferecem uma base sólida na qual o candidato pode se apoiar para compreender quais conhecimentos são exigidos, e como eles costumam ser cobrados.

Assim, procure provas anteriores do concurso que você está prestando e tente resolvê-las. Esse processo pode ser ainda mais eficaz com o uso de um cronômetro, que garante que você conseguirá finalizar a prova no tempo adequado.

4. Faça resumos

Depois de estudar, fazer resumos é uma maneira simples de memorizar e absorver melhor o conteúdo aprendido. Além disso, eles se transformam em um recurso que pode ser consultado com maior facilidade e rapidez, sobretudo nos momentos em que o estudo precisa ser encurtado.

Lembre-se também de que bons resumos são curtos, objetivos e retêm os principais pontos de um conteúdo. Assim, na hora de elaborar os seus, foque apenas no essencial e nas regras que precisam ser lembradas.

5. Veja o edital do concurso

O edital de um concurso é, provavelmente, o documento mais importante ao qual o candidato tem acesso. Nele são especificados todos os temas que podem ser cobrados, bem como as regras da prova. Essas informações podem ajudar o candidato a se organizar melhor.

Principalmente na hora de montar um cronograma de estudos, o edital do concurso pode oferecer insights sobre quais conteúdos devem ser priorizados. Por isso, lembre-se de sempre consultá-lo e ler cada detalhe.

Leia também: 16 técnicas de estudo para ter sucesso nas provas!

Quais são os erros comuns?

A grafia das palavras do português pode ser bastante diferente da sua forma oral. Por isso, não é incomum que sejam cometidos erros de grafia em provas discursivas de concursos e na redação tema livre, por exemplo.

Confira, abaixo, os principais erros de grafia da língua portuguesa e otimize seu português para concurso!

1. Menos ou menas?

“Menas” não existe. Por isso, mesmo ao se referir a palavras femininas, use sempre “menos”.

2. Zero graus ou zero grau?

“Zero” está no singular. Portanto, o substantivo “grau” deve acompanhá-lo na flexão. Assim, o correto é “zero grau”.

3. Quatorze ou catorze?

Você pode ficar à vontade para usar qualquer uma das formas, visto que ambas estão corretas.

4. Seje ou seja?

Esqueça o “seje”. Esta palavra é usada apenas em expressões orais, e não está de acordo com a norma da língua portuguesa. Opte sempre por “seja”.

5. Esteje ou esteja?

Este é um caso semelhante ao de “seje”. A expressão “esteje” também é comum apenas na oralidade, e está incorreta. O certo é “esteja”.

6. Troféis ou troféus?

Lembre-se: a terminação “éis” deve ser empregada apenas nas palavras terminadas em “el”, como papel, pastel, tonel, entre outras.

Sendo assim, as palavras terminadas em “éu”, quando flexionadas no plural, devem levar a terminação “éus”. Portanto, o correto nesse caso é troféus, chapéus, céus, etc.

7. Ela quiz ou ela quis?

Assim como toda conjugação do verbo querer (quiseram, quiseste, quisera, etc.), a palavra “quis” deve ser escrita com “s”. O correto, então, é “ela quis”.

8. Quite ou quites?

“Quite” deve concordar com o substantivo a que se refere.

Se for no singular, podemos dizer que “o contribuinte está quite com a Receita Federal”, por exemplo. Já no plural, “os contribuintes estão quites com a Receita”.

9. Media ou medeia?

Há quatro verbos irregulares com final “iar”. São eles: mediar, ansiar, incendiar e odiar.

Todos se conjugam como “odiar”. Portanto, o correto é: medeio, anseio, incendeio e odeio. 

Exemplo: Ele sempre medeia os debates.

10. Ao meu ver ou a meu ver?

“Ao meu ver” não existe. O correto é “a meu ver”. 

Exemplo: A meu ver, o evento foi um sucesso.

11. Fim de semana ou final de semana?

“Fim” é o contrário de início. “Final” é o contrário de inicial. 

O correto neste caso, portanto, é “fim de semana”.

12. Meio-dia e meio ou meio-dia e meia?

O correto é meio-dia e meia, pois o numeral fracionário concorda em gênero com a palavra hora: meio dia e meia hora.

13. Obrigado ou obrigada?

Homens devem dizer “obrigado“.

Mulheres dizem “obrigada”.

14. Paralisar ou paralizar?

Embora a dúvida seja muito comum, o correto é a forma com “s”, ou seja, “paralisar”. A forma com “z” não existe na língua portuguesa.

15. Losango ou losângulo?

Na oralidade, é bastante comum ouvirmos a palavra “losângulo”. No entanto, ela não faz parte da língua portuguesa. Assim, o termo correto é “losango”.

16. Sobrancelha ou sombrancelha?

A presença de uma consoante como o “b” tende a fazer com que haja uma nasalização do som do “o” em “sobrancelha”. 

No entanto, a grafia e a pronúncia correta não incluem esse “m”. Assim, escreve-se “sobrancelha”.

17. Coco ou côco?

Ao fazer a referência à fruta, não é necessário grafar a pronúncia correta. Assim, escreve-se “coco”, sem acento.

18. Mal-humorado ou Mau-humorado?

A palavra “mal” é oposta à palavra “bem”. Por isso, deve-se dizer sempre “mal-humorado”.

Ah! E lembre-se de usar o hífen!

19. Dia a dia ou dia-a-dia?

Depois da última reforma ortográfica, o hífen entre palavras iguais deixou de existir. Assim, escreve-se “dia a dia”, “passo a passo” etc.

20. Meio ou meia?

No sentido de “um pouco”, a palavra “meio” é invariável.

Exemplo: Ela estava meio nervosa na reunião.

Como numeral, meio deve concordar com o substantivo.

Exemplo: Ele comeu meia maçã. Ou: Ele comeu meio abacate.

Confira também: Gramática Comentada com Interpretação de Textos para Concursos — 6ª Edição 2021, por Adriana Figueiredo

Como usar as palavras homófonas?

São aquelas que possuem significados e grafias completamente diferentes, porém têm o mesmo som. Assim, costumam causar confusão nos falantes de português.

Veja as principais e evite erros no português para concurso! 

21. Seção, sessão ou cessão?

A palavra “sessão” é usada para indicar um intervalo de tempo. Por exemplo: A sessão de cinema vai começar em breve.

Já a palavra “seção” é usada para se referir a departamentos, setores ou “partes” de alguma coisa. Por exemplo: “Preciso verificar a minha seção eleitoral.”

Por fim, “cessão” faz referência ao verbo “ceder”. Usa-se nos casos em que algo é doado ou entregue: “A cessão das roupas ajudou muitas pessoas.”

22. Tem ou têm?

“Tem” refere à 3ª pessoa do singular do verbo “ter” no Presente do Indicativo.

Exemplo: Ela tem uma casa na praia.

Já “têm” refere-se ao mesmo tempo verbal, porém na 3ª pessoa do plural.

Exemplo: Elas têm uma casa na praia.

23. A ou há?

Para indicar tempo passado, usa-se o verbo haver. Por exemplo: “Atuo no setor de controladoria há 15 anos”.

O “a”, como expressão de tempo, é usado para indicar futuro ou distância.

Exemplo: Falarei com o diretor daqui a cinco dias. Ou: Ele mora a duas horas do escritório.

24. A fim ou Afim?

A locução a fim indica ideia de finalidade.

Exemplo: Nós viemos a fim de discutir o projeto.

Afim é um adjetivo e significa semelhança.

Exemplo: Eles têm ideias afins.

25. Houve ou ouve?

“Houve” é a forma do verbo “haver” conjugada na terceira pessoa do pretérito. Assim, tem sentido de existir, acontecer. Por exemplo: Não houve nada de errado com ele.

Já “ouve” é uma forma do verbo “ouvir” e, portanto, significa escutar, prestar atenção. Como na frase: Ele não ouve o que a mãe diz.

26. Conserto ou concerto?

Escrita com “s”, a palavra conserto faz referência ao ato de consertar alguma coisa. Por exemplo: “O carro quebrado não terá conserto.”

Já quando é grafada com “c”, a palavra concerto faz referência a um espetáculo musical. Exemplo: “O concerto de violino foi lindo.”

27. Viagem ou viajem?

Viagem é substantivo.

Exemplo: Fiz uma linda viagem.

Viajem é a flexão do verbo viajar no Presente do Subjuntivo e no Imperativo:

Exemplo: Espero que eles viajem amanhã.

28. Mal ou mau?

Mal opõe-se a bem. Exemplo: O jogador estava mal posicionado

Já mau é o posto de bom. Exemplo: Aquele homem é mau.

29. Cheque ou xeque?

A palavra “cheque”, com ch, diz respeito ao documento usado como forma de pagamento. Já a palavra “xeque”, com x, faz referência a uma situação de ameaça.

Por isso, o “xeque” é usado, no xadrez, para anunciar a vitória de um dos participantes.

30. Traz ou trás?

Traz é a conjugação do verbo “trazer” na 3ª pessoa do singular do Presente do Indicativo.

Exemplo: Ela sempre traz os relatórios para a gerência.

“Trás” refere-se à parte posterior.

Exemplo: Ele olhou para trás e viu o vulto.

31. Cabeçalho ou cabeçário?

A ortografia correta da palavra é “cabeçalho”, e ela faz referência às informações localizadas no topo de uma página. A palavra “cabeçário” não existe na lingua portuguesa.

32. Interviu ou interveio?

“Interviu” não é uma forma adequada ao padrão normativo da língua. Assim, usa-se sempre “interveio” para indicar que alguém interferiu ou mediou uma situação.

Como usar palavras homógrafas?

São palavras com a mesma grafia, mas com sons e significados completamente diferentes. 

Apesar da mudança de som não interferir no modo de escrita da palavra, é essencial saber que elas têm mais de um significado no português.

Confira exemplos de cada um deles abaixo e domine o português para concurso!

33. Apoio

A palavra “apoio”, quando pronunciada com som aberto (“ap[ó]io”), refere-se a uma conjugação do verbo “apoiar”. Por exemplo: Eu apoio a liberdade de imprensa.

No entanto, quando é pronunciada com som fechado (“ap[ô]io”), ela faz referência ao ato de dar suporte a alguém ou alguma coisa. Por exemplo: Ele recebeu muito apoio da família.

34. Choro

Quando pronunciada com o som aberto (ch[ó]ro), a palavra “choro” faz referência ao verbo chorar. Por exemplo: Eu sempre choro quando vejo filmes de romance.

Já quando é pronunciada com o som fechado, a palavra “choro” tem ligação com o ato de estar chorando, ou seja, é um substantivo. Por exemplo: O choro do bebê durou a noite toda.

35. Sede

Se dita com o som fechado (s[ê]de), a palavra está se referindo à uma necessidade básica do corpo. Por exemplo: Senti muita sede depois de comer os doces.

Por outro lado, se é pronunciada com o som aberto, a palavra “sede” diz respeito ao espaço principal em que algo acontece, a matriz. Por exemplo: A sede dos Correios fica longe da minha casa.

36. Corte

A palavra “corte”, se dita com o som do “o” fechado, faz menção ao espaço do rei. Por exemplo: A corte inglesa não recebeu os visitantes.

No entanto, se pronunciada com esse som aberto, refere-se ao ato de cortar ou golpear alguém. Por exemplo: A menina tinha um corte na perna.

37. Colher

Quando dita com o som fechado, a palavra “colher” faz referência ao verbo. Por outro lado, quando pronunciada com esse som aberto, refere-se ao talher que usamos para tomar sopa.

Que tal um passo mais para a aprovação? Confira: Gramática Completa para Concursos e Vestibulares — 2ª Edição, por Nílson Teixeira de Almeida

Como usar homônimos perfeitos?

São palavras que têm a mesma escrita e a mesma sonoridade, mas seus significados são completamente diferentes. 

Alguns deles lembram palavras que usamos cotidianamente, e, portanto, podem gerar confusões em falantes e também podem ser pegadinhas em questões de português para concurso. 

Confira alguns exemplos para não confundir mais!

38. Cedo

A palavra “cedo” pode fazer referência a um momento do dia, como: Ele sai para o trabalho bem cedo de manhã.

No entanto, ela também pode fazer referência à primeira pessoa do verbo ceder: “Sempre que ela me pede um favor, eu cedo.”

39. Rio

O “rio” pode ser tanto um caminho de água que deságua no mar quanto a primeira pessoa do verbo rir: Sempre que escuto essa piada, eu rio.

40. Canto

O canto é uma das palavras que não sofre uma mudança semântica tão intensa. Isso porque ela pode fazer referência à primeira pessoa do verbo “cantar” — eu canto —, ou ao ato de cantar em si, sendo, nesse caso, um substantivo: O canto dos pássaros é muito bonito.

41. Verão

“Verão” é tanto a estação mais quente do ano quanto a terceira pessoa do verbo “ver”, conjugada no futuro: Eles verão um filme amanhã à tarde.

42. Apontar

Apontar é mais uma palavra com dois significados muito distintos. Por um lado, pode fazer referência ao ato de indicar algo: Basta apontar para o prêmio.

Por outro lado, pode também se referir ao ato de tornar a ponta de algo mais fina. Por exemplo: É preciso apontar o lápis antes de escrever.

Como usar parônimos?

São palavras que têm sonoridade bem parecida, mas, na verdade, tanto sua grafia quanto seu significado são diferentes. São diferentes das palavras homófonas pois sua sonoridade, apesar de parecida, não é idêntica.

Essas são as palavras que mais causam confusão no português para concurso e na hora de escrever uma redação. Por isso, preste bastante atenção nelas!

Confira os principais casos de parônimos no português para concurso, logo abaixo. 

43. Retificar ou ratificar?

Retificar refere-se ao ato de corrigir, emendar. Por exemplo: Vou retificar os dados da empresa.

Ratificar significa confirmar, comprovar. Exemplo: Estávamos corretos. Os fatos ratificaram nossas previsões.

44. A par ou ao par?

No sentido de estar ciente, o correto é “a par”. 

Exemplo: Ele já está a par do ocorrido.

Use “ao par” somente para equivalência cambial.

Exemplo: Há muito tempo, o dólar e o real estavam quase ao par.

45. A princípio ou em princípio?

A princípio equivale a “no início”.

Exemplo: Achamos, a princípio, que ele estava falando a verdade.

Em princípio significa “em tese”.

Exemplo: Em princípio, todo homem é igual perante a lei.

46. Senão ou se não?

Senão significa “a não ser”, “caso contrário”.

Exemplo: “Nada fazia senão reclamar”.

Se não é usado nas orações subordinadas condicionais.

Exemplo: Se não chover, poderemos sair.

47. Onde ou aonde?

Onde indica o lugar em que algo ou alguém está, e deve ser utilizado somente para substituir vocábulo que expressa a ideia de lugar.

Exemplo: Onde coloquei minhas chaves?

Aonde também indica lugar em que algo ou alguém está. Porém, é usado quando o verbo que se relacionar com “onde” exigir a preposição “a”. 

Assim, deve-se agregar essa preposição ao advérbio, formando o vocábulo “aonde”. Expressa a ideia de destino, movimento.

Exemplo: Aonde você irá depois do trabalho?

48. Despercebido ou desapercebido?

Despercebido significa sem atenção.

Exemplo: As mudanças passaram despercebidas.

Desapercebido significa desprovido, desprevenido.

Exemplo: Ele estava totalmente desapercebido de dinheiro.

49. Perca ou perda?

Perca é o verbo “perder” conjugado na primeira ou terceira pessoas do presente do subjuntivo. Também equivale à forma na segunda pessoa do imperativo afirmativo.

Exemplo: Não perca as esperanças.

“Perda”, por sua vez, é um substantivo.

Exemplo: Há muita perda de tempo com banalidades.

50. Cumprimento ou comprimento?

A palavra “cumprimento” pode representar a forma nominal do verbo “cumprir”, como no caso: “O cumprimento da pena foi concluído”. 

Outra opção é fazer referência ao verbo “cumprimentar”, como em: “O cumprimento dele foi muito carinhoso.”

Já a palavra “comprimento” faz referência ao tamanho de alguma coisa. Por exemplo: A parede tem 3 metros de comprimento.

51. Tráfego ou tráfico?

O “tráfego” diz respeito ao movimento de veículos e a ida de um lugar a outro. Por exemplo: “O tráfego no centro estava muito bom.”

A palavra “tráfico”, por sua vez, refere-se a atividades ilegais. É o caso, por exemplo, de: “O tráfico de drogas aumentou no Rio de Janeiro.”

52. De mais ou demais?

Demais significa excessivamente e também pode significar “os outros”.

Exemplo: Você trabalha demais.

De mais opõe-se a “de menos”.

Exemplo: Alguns possuem regalias de mais, outros de menos.

53. Mas ou mais?

Mas é conjunção adversativa e significa “porém”.

Exemplo: Gostaria de ter viajado, mas tive um imprevisto.

Mais é advérbio de intensidade.

Exemplo: Adicione mais açúcar, se quiser.

54. Descriminar ou discriminar?

Descriminar significa absolver, inocentar.

Exemplo: O juiz descriminou o jovem acusado.

Discriminar significa separar, diferenciar.

Exemplo: Os produtos estão discriminados na nota fiscal.

55. Imergir ou emergir?

Imergir e emergir são, na verdade, palavras com significados opostos. A primeira significa afundar, mergulhar, fazer com que algo fique abaixo do nível da água.

Já a segunda significa exatamente o contrário: subir, vir à tona, sair debaixo d’água.

56. Delatar ou dilatar?

Delatar significa fazer uma denúncia. Por exemplo: A vítima delatou o criminoso.

Dilatar, por sua vez, significa aumentar o tamanho de algo. Por exemplo: O ferro dilatou com o calor.

57. Aprender ou apreender?

Aprender faz referência ao ato de ganhar conhecimento. Por exemplo: Ela aprendeu a desenhar.

Já “apreender” é sinônimo de pegar, apanhar: A polícia apreendeu o contrabando.

58. Suar ou soar?

“Suar” é o que acontece quando praticamos exercícios físicos ou ficamos em um ambiente muito quente. Por exemplo: Depois da corrida, ela suava muito.

“Soar”, no entanto, refere-se a fazer um som: Os sinos da capela soaram ao meio-dia.

59. Dispensa ou despensa?

Dispensa é uma forma de dizer que fomos liberados de uma obrigação. Por exemplo: Amanhã ele está de dispensa, então não vai trabalhar.

Já a despensa diz respeito ao espaço onde guarda-se a comida. Por exemplo: A despensa da casa estava cheia de produtos novos!

Que tal conferir também nosso Curso de Português — Noções Gerais?

Como usar concordância verbal e nominal?

A concordância verbal determina que verbo e sujeito devem concordar entre si. Isso significa que o verbo deve ser flexionado de acordo com o sujeito. 

Já a concordância nominal é a que se refere ao substantivo e os seus acompanhantes — artigos, pronomes etc. — e determina que eles devem concordar entre si.

Embora pareça bastante simples, alguns casos podem ter várias pegadinhas. Confira alguns exemplos para não errar no português para concurso!

60. Aceita-se ou aceitam-se?

Nesse caso, o verbo “aceitar” deve concordar com o sujeito se ele estiver no plural ou no singular.

Exemplo: “Aceita-se animal de estimação” ou “Aceitam-se animais de estimação”

61. Para mim fazer ou para eu fazer?

Lembre-se do que dizia sua professora de português: “Mim não faz nada”.

Mim é um pronome pessoal oblíquo, por isso não pode vir antes de um verbo exercendo função de sujeito em uma oração.

Sendo assim, o correto é “para eu fazer”, “para eu falar”, “para eu estudar” e assim por diante.

62. São uma hora ou é uma hora?

O verbo deve concordar com as horas.

Exemplo: É uma hora da tarde.

Exemplo: São duas horas da tarde, são três horas da tarde e assim por diante.

63. Anexo

É preciso atenção para acertar nessa concordância.

Dizer que algo está em anexo é o mesmo que dizer que algo está anexado. Por isso, a palavra deve concordar com o substantivo a que ela se refere:

“Anexas seguem as cartas” ou “anexo segue o comprovante”, ou ainda “os documentos solicitados estão anexos”.

Em anexo é uma forma invariável. Portanto, não vai para o feminino e nem para o plural:

Em anexo, seguem as cartas. Segue o comprovante em anexo. Os documentos solicitados seguem em anexo.

64. Em vez de ou ao invés de?

“Em vez de” é usado como substituição. 

Exemplo: Em vez de elaborarmos um relatório, discutimos o assunto em reunião.

“Ao invés de” é usado como oposição.

Exemplo: Subimos, ao invés de descer.

65. Ao encontro de ou de encontro a?

“Ao encontro de” dá ideia de harmonia, concordância.

Exemplo: Os diretores estão satisfeitos, porque a atitude do gestor veio ao encontro do que desejavam.

“De encontro a” dá ideia de oposição.

Exemplo: Os ideais do partido estão indo de encontro a minha ideologia, por isso me afastei.

66. Através ou por meio?

Através expressa a ideia de atravessar.

Exemplo: Ele olhava através da janela.

Por meio significa “por intermédio”.

Exemplo: Os senadores sugerem que, por meio de lei complementar, os convênios sejam firmados com os estados. 

67. Precisa-se ou precisam-se?

Nesse caso, a partícula “se” tem a função de tornar o sujeito indeterminado, ou seja, o verbo permanece sempre no singular, sem variar para o plural mesmo que o sujeito o faça.

Exemplo: Precisa-se de estagiários.

68. Implicar, implicar com ou implicar em?

No sentido de acarretar, o verbo “implicar” não admite preposição.

Exemplo: O acidente implicou várias vítimas.

Já no sentido de ter implicância, a preposição exigida é “com”.

Exemplo: Ele sempre implicava com os filhos.

E quando se refere a comprometimento, deve-se usar a preposição em.

Exemplo: Ela implicou-se nos estudos e passou no concurso.

69. Existe ou existem?

O verbo existir admite plural, diferentemente do verbo haver, que é impessoal.

Exemplo: Existem muitos problemas nesta empresa, ou existe apenas um problema nesta empresa.

70. Tão pouco ou tampouco?

Tão pouco corresponde a “muito pouco”.

Exemplo: Trabalhamos muito e ganhamos tão pouco.

Tampouco corresponde a “também não”, “nem sequer”.

Exemplo: Não compareceu ao trabalho, tampouco justificou sua ausência.

71. A nível de ou em nível de?

A expressão “em nível de” deve ser usada quando se refere a “âmbito”.

Exemplo: A pesquisa será realizada em nível de direção.

Já o uso de “a nível de” significa “à mesma altura”.

Exemplo: Estávamos ao nível do mar.

72. Chego ou chegado?

Chego é 1ª pessoa do Presente do Indicativo.

Exemplo: Eu sempre chego cedo.

Embora alguns verbos tenham dupla forma de particípio, como imprimido/impresso, frito/fritado e acendido/aceso, o único particípio do verbo chegar é chegado.

73. Faz ou fazem?

No sentido de tempo decorrido, o verbo “fazer” é impessoal, ou seja, só é usado no singular.

Exemplo: Faz dois meses que trabalho nesta empresa.

Em outros sentidos, faz deve concordar com o sujeito.

Exemplo: Eles fazem um bom trabalho.

74. Aluga-se ou alugam-se?

Quando a partícula “se” funciona como índice de indeterminação do sujeito, o verbo deve ser conjugado no singular. Por exemplo: Precisa-se de funcionários.

No entanto, quando o “se” funciona como partícula apassivadora, ele deve concordar com o substantivo: Alugam-se casas nesta rua.

75. Porcentagem: singular ou plural?

Depende. Em uma porcentagem, o verbo deve concordar com o numeral. Por exemplo: “20% dos trabalhadores querem férias” ou “Apenas 1% votou a favor”. 

76. Pronome relativo “quem”

Deve sempre concordar com o sujeito a quem se refere. Por exemplo: “Sou eu quem quero esse celular” ou “Somos nós quem fizemos a reserva”.

77. Vários substantivos juntos

Em uma frase, quando temos mais de um substantivo e eles têm gêneros diferentes, o adjetivo pode concordar:

  • Com o substantivo que estiver mais perto dele: “Blusa e vestido novo.”
  • Com ambos os substantivos, sendo usado no masculino: “Blusa e vestido novos.”

78. Bastante ou bastantes?

Quando usada como advérbio de intensidade,  a palavra “bastante” não tem variação de número: Eles correram bastante ontem à noite.

No entanto, quando usada como adjetivo, o “bastante” deve acompanhar o substantivo: Já há bastantes livros na sua estante!

Uma frase equivalente seria: Já há livros o suficiente na sua estante.

79. Só ou sós

Quando a palavra “só” é usada como um sinônimo de sozinho, ela deve acompanhar o substantivo: “Depois do fim da festa, ele ficou só” ou “Depois do expediente, eles ficaram sós.” 

80. Pronome indefinido + preposição + adjetivo

De acordo com a regra do português brasileiro, quando temos um pronome indefinido ao lado da preposição “de”, o adjetivo normalmente fica no masculino e no singular.

Por exemplo: “Ele sentiu algo de estranho” ou “Não fizemos nada de divertido”.

Existe uma obra completa que pode lhe ajudar ainda mais! Confira Português — Coleção Esquematizado 2020, por Agnaldo Martino

Como usar a crase?

As regras de crase costumam ser muito cobradas no português para concurso e outras provas oficiais. Como existem muitas regras, pode ser bastante confuso memorizar todas elas — especialmente os casos em que o acento grave é opcional.

Abaixo, separamos os principais usos da crase. Confira cada um deles para não errar!

81. Palavras femininas

A crase deve ser empregada apenas diante de palavras femininas. Essa é a regra básica para quem quer aprender mais sobre o seu uso.

Caso você fique em dúvida sobre quando utilizar o acento grave, substitua a palavra feminina por uma masculina: se o “a” virar “ao”, a palavra receberá o acento grave.

Exemplo:

As amigas foram à confraternização de final de ano da empresa.

Ao substituir a palavra “confraternização” pela palavra “encontro”, temos:

As amigas foram ao encontro de final de ano da empresa.

82. Indicação de hora

Lembre-se de utilizar a crase em expressões que indiquem hora.

Exemplos:

  • Às três horas, começaremos a estudar.
  • A partida de futebol terá início às 17h.
  • Ele esteve aqui às 8h, mas foi embora porque não te encontrou.

Porém, quando as horas estiverem antecedidas das preposições “para”, “desde” e “até”, o artigo não receberá o acento indicador de crase.

Exemplos:

  • Ele decidiu ir embora, pois estava esperando desde as 10h.
  • Marcaram o encontro no restaurante para as 20h.
  • Fique tranquilo, eu estarei no trabalho até as 9h.

83. Tempo, lugar e modo

Utilize a crase antes de locuções adverbiais femininas que expressam ideia de tempo, lugar e modo.

Exemplos:

  • Às vezes, chegamos mais cedo à escola.
  • Ele terminou a prova às pressas, pois já passava do horário.

84. Palavras masculinas

A crase, na maioria das vezes, não ocorre antes de uma palavra masculina. Isso acontece porque antes da palavra masculina não ocorre o artigo “a”, indicador do gênero feminino.

Exemplos:

  • O pagamento das dívidas foi feito a prazo.
  • Os primos foram para a fazenda andar a cavalo.
  • Tempere com pimenta e sal a gosto.
  • Eles viajaram a bordo de uma aeronave moderna.
  •  Marcos foi a pé para o escritório.

Exceção:

Existe um caso em que o acento indicador de crase pode surgir antes de uma palavra masculina. Isso acontecerá quando a expressão “à moda de” estiver implícita na frase.

Exemplos:

  • Ele cantou a canção à Roberto Carlos. (Ele cantou a canção à moda de Roberto Carlos).
  • Ele fez um gol à Pele. (Ele fez um gol à moda de Pelé).
  • Ele comprou sapatos à Luís XV. (Ele comprou sapatos à moda de Luís XV).

85. Antes dos pronomes possessivos femininos “minha”, “tua”, “nossa” e etc.

Nesses casos, o uso do artigo antes do pronome é opcional.

Exemplo:

  • “Eu devo satisfações à minha mãe” ou “Eu devo satisfações a minha mãe”.

86. Antes de substantivos femininos próprios

Vale lembrar que, antes de nomes próprios femininos, o uso da crase é opcional. Isso acontece porque o artigo antes do nome não é obrigatório.

Exemplos:

  • “Carlos fez um pedido à Mariana” ou “Carlos fez um pedido a Mariana”.

87. Preposição “até”

Se depois da preposição “até” houver uma palavra feminina que admita artigo, a crase será opcional.

Exemplo: Os amigos foram até à praça. Ou: os amigos foram até a praça.

88. Nome de lugares

Antes de lugares com nomes femininos, deve haver indicação de crase. Uma forma simples de memorizar esta regra é pensar: “Vou a, volto da, crase há”. Por exemplo:

  • Vou “a” São Paulo. Volto “de” São Paulo. Portanto: não há crase.
  • Vou à Bahia. Volto “da” Bahia. Portanto: há crase.

Como funciona a regra dos porquês?

A regra de uso dos porquês também é um tópico muito abordado em provas e no português para concurso. Existem quatro normas principais, mas elas podem ser bastante confusas se não prestarmos atenção e praticarmos bastante.

Abaixo, apresentamos cada um desses usos. Confira!

87. Por que

O “por que”, separado e sem acento, é usado principalmente no início de uma pergunta direta. Em geral, pode ser substituído por “motivo” ou “razão” e usado como sinônimo de “pelo qual”. 

Exemplos:

  • Por que você não foi à aula?
  • Quero saber por que você mentiu.

88. Porque

O “porque”, junto e sem acento, é chamado de “porque de resposta”. Afinal, ele só aparece no início de uma frase de resposta a uma pergunta. Pode ser substituído por “Pois”. 

Exemplo:

  • Por que você não foi à aula?
  • Porque estava muito doente.

Ou: Ele não foi à aula porque estava muito doente.

89. Por quê

O “por quê”, separado e com acento, é usado apenas quando aparece no final de uma pergunta. 

Por exemplo: “Ela não foi ao teatro. Por quê?”

90. Porquê

O “porquê”, junto e com acento, é usado quando o “porque” se transforma em um substantivo. Assim, deve sempre vir acompanhado de um artigo ou pronome que o defina.

Exemplo: Quero saber o porquê desta bagunça. Ou: Não entendi o porquê dessa atitude.

Veja mais 6 dicas para aprimorar seu português para concurso!

Agora que você já passou por todos os casos mais comuns de erros da língua portuguesa, preparamos mais 10 dicas extras para você aprimorar os seus conhecimentos no português para concurso. Confira!

1. Leia bastante

A leitura é a principal maneira de aprimorar os conhecimentos em português de forma divertida e dinâmica. Os livros possibilitam:

  • Ampliação do vocabulário;
  • Familiaridade com usos menos correntes das palavras;
  • Aumento do contato com a ortografia correta dos termos.

Assim, podem ajudar a sanar dúvidas de ortografia e também dúvidas semânticas, expandindo a sua forma de se expressar e te ajudando a cometer menos erros.

2. Invista em boas gramáticas

As gramáticas são responsáveis por reunir regras e exemplos do português. Investir em gramáticas de qualidade, principalmente ao estudar para concursos, é uma maneira de garantir que você terá acesso às melhores informações.

Além disso, as gramáticas também costumam ter seções de dúvidas frequentes e exercícios com gabarito. Desse modo, você pode praticar o seu português e fazer testes para garantir que entendeu os conceitos aprendidos.

Selecionamos alguns dos melhores exemplares de gramática para você! Confira:

3. Conheça as classes gramaticais

Parece simples, mas saber quais são as classes gramaticais pode te ajudar a compreender melhor tanto as regras de português, quanto os seus usos mais adequados.

São 10 as classes gramaticais, e cada uma delas tem uma função específica. Confira:

  • Substantivo: responsável por nomear os seres em geral, além de objetos, lugares etc.
  • Verbo: indica ações, estados ou fenômenos da natureza.
  • Adjetivo: são as palavras que atribuem características aos substantivos.
  • Pronome: acompanham ou substituem os substantivos, indicando a relação entre as pessoas do discurso.
  • Artigo: palavra que antecede o substantivo, indicando seu gênero, número e pessoa.
  • Numeral: indica a posição ou o número de um ou vários elementos.
  • Preposição: responsável por ligar os elementos de uma oração.
  • Conjunção: responsável por ligar duas orações de mesmo valor gramatical.
  • Interjeição: palavra que exprime emoções, sons e sentimentos.
  • Advérbio: palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, inicando tempo, modo, intensidade etc.

4. Mantenha-se antenado

A língua portuguesa é viva e está em constante transformação. Ainda que as normas gramaticais demorem a mudar de acordo com o uso dos falantes, é muito importante manter em mente que elas não estão escritas em pedra.

Por isso, mantenha-se a par de eventuais mudanças, como o Novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor no Brasil em 2016. 

5. Não se esqueça do dicionário

Hoje em dia, o dicionário já não é um objeto tão usado quanto antigamente. No entanto, a sua importância ainda é vital para quem deseja ter um bom domínio da língua portuguesa.

Desse modo, mantenha pelo menos um exemplar de qualidade em casa. Você pode usá-lo para tirar dúvidas de vocabulário ao longo de exercícios ou de uma leitura, e também pode aproveitar para folheá-lo de vez em quando.

Além de ser uma importante fonte de informações sobre o nosso vocabulário, o dicionário contém usos menos comuns de vocábulos e pode ajudar a esclarecer confusões sobre a ortografia das palavras.

6. Tente desligar os corretores automáticos

Atualmente, estamos muito habituados a trabalhar nos computadores, onde sempre podemos contar com os corretores automáticos para corrigir eventuais errinhos. No entanto, se você quer mesmo treinar o seu português, experimente desligá-los.

Ao tirar essa “rede de segurança”, nós ficamos muito mais atentos a erros de ortografia e de semântica. Além disso, criamos o hábito de escrever com mais calma, realmente pensando nas palavras.

Por isso, essa prática ajuda não só nos estudos de portugês, mas também na concentração e na atenção ao longo da escrita de um texto — habilidades indispensáveis quando estamos fazendo uma prova de redação de concurso, por exemplo.

Agora que você já tem quase 100 regrinhas de português esclarecidas para ir bem nas provas e no trabalho, é hora de colocar a mão na massa! Aproveite todas essas dicas e bons estudos!

7. Invista em cursos especializados!

A equipe LFG pode contribuir também com um preparo mais aprofundado no português para concurso. Possuímos cursos preparatórios com as informações mais importantes para alcançar sucesso nos certames!

  • Curso de Português para Concursos: Fornece os elementos gramaticais indispensáveis à compreensão da norma culta da língua portuguesa. Além disso, o aluno compreenderá o mecanismo de produção do texto, permitindo o seu adequado desempenho nas provas discursivas dos concursos públicos.
  • Curso de Português — Noções Gerais: Preparação focada nos temas mais exigidos em concursos públicos que exigem Nível Médio e Superior, em que a disciplina de Português integra o edital. O curso conta com metodologia acadêmica moderna, com aulas teóricas, práticas e resolução de exercícios.

Qual o melhor curso de português para concursos?

Agora que você já sabe tudo o que precisa para estudar português para concursos, talvez tenha chegado à conclusão de que esse processo pode ser mais difícil sem o acompanhamento e auxílio de um professor. 

Se esse for o caso, não precisa mais procurar: o curso de Português para Concursos da LGF é perfeito para você! O curso, ministrado pela professora Luciane Sartori, oferece uma série de ferramentas e recursos que agregam valor ao aprendizado.

Pois seu principal objetivo é oferecer os elementos gramaticais indispensáveis à compreensão da norma culta da língua portuguesa. Sendo assim, o aluno compreenderá o mecanismo de produção do texto.

Dentre os diferenciais do curso, podemos citar:

  • O uso de material de apoio com anotações e tópicos dos assuntos tratados em cada aula;
  • O acesso ilimitado às aulas durante o período de liberação do curso.

Vale lembrar que a LGF é uma referência no estudo preparatório para concursos públicos e que seus cursos e materiais são pensados para promover a excelência acadêmica dos alunos. Isso significa que eles contam com ferramentas de ponta, além de professores preparados para ensinar e tirar dúvidas.

As aulas também são ministradas de modo completamente online, o que permite que o aluno aprenda nos momentos mais convenientes e adaptados à sua rotina. Por fim, todo o curso tem duração de 40 horas e oferece um certificado de conclusão. Esperamos que este artigo tenha te ajudado a compreender como o estudo do porutguês é importante para os concurseiros. Se você ficou interessado em saber mais informações, conheça o nosso curso de  da LFG sobre o tema!

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