Conhecer boas técnicas de estudos é um diferencial essencial na preparação para qualquer exame importante. Toda prova exige que os candidatos absorvam uma série de conteúdos, sabendo resolver exercícios sobre eles com uma certa agilidade.
Dessa forma, os estudantes estão sempre em busca de orientações assertivas, que envolvam técnicas eficientes para organizar a rotina, bem como para reter melhor as informações.
Neste post, selecionamos 16 técnicas de estudo para apoiar você em todos os tipos de provas. Concurso público, exame OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ou até mesmo aquele teste difícil de sua faculdade: esses métodos vão ajudá-lo(a) a ter sucesso!
Também conversamos com Nestor Távora, professor da LFG, com experiência na preparação para concursos. Ele trouxe dicas valiosas para sua rotina de estudos.
Segundo Távora, o candidato deve estabelecer um cronograma de estudos, pois isto irá ajudá-lo a obter a dimensão da quantidade de conteúdo a ser estudado. Também garantirá que todas as informações importantes constarão no material.
16 técnicas de estudos para se preparar para as provas
Fichamentos, mapas mentais, simulados… São muitos os métodos possíveis para treinar para os exames. Na lista abaixo, selecionamos 16 boas técnicas de estudos para ajudá-lo em sua rotina.
Confira a lista e encontre aquela que funciona melhor para você!
- Resolva simulados;
- Converse com alguém sobre o conteúdo estudado;
- Faça fichamentos;
- Atualize-se sobre os temas de sua área;
- Busque orientação;
- Utilize a Técnica Pomodoro;
- Faça mapas mentais;
- Use flash cards;
- Faça anotações das aulas;
- Organize seu ambiente de estudos;
- Entenda o Ciclo de Estudos e o aplique;
- Organize seu tempo;
- Utilize técnicas mnemônicas;
- Tente entender o conteúdo, antes de memorizá-lo;
- Explore outras mídias;
- Utilize gravações de áudio.
Veja cada técnica em detalhes abaixo:
1. Resolva simulados
O professor Nestor Távora recomenda a prática de simulados. Por meio deles, você:
- Testa seus conhecimentos;
- Treina o tempo de prova;
- Memoriza o conteúdo;
- Adquire familiaridade com o estilo das questões, entre outros benefícios.
2. Converse com alguém sobre o conteúdo estudado
Repetir as informações absorvidas em voz alta ajuda a desenvolver a lógica do raciocínio e estimula a capacidade de improviso.
Távora recomenda começar a prática sozinho, em frente ao espelho. Posteriormente, apresente para amigos, parentes e professores o conteúdo.
3. Faça fichamentos
Fichamentos são resumos das principais ideias de um texto ou matéria. Geralmente, são feitos em “fichas” (papéis retangulares, com gramatura maior que o sulfite). Também é comum a utilização de tópicos para condensar o assunto.
Para potencializar ainda mais esta técnica, é interessante que você já coloque a matéria em suas próprias palavras. Isto é, não copie os conteúdos dos livros: faça uma formulação própria!
Anotar as informações mais relevantes enquanto efetua a primeira leitura de um material ajuda a otimizar o tempo. Nas próximas vezes, bastará recorrer ao resumo.
Além disso, Távora recomenda que as anotações sejam manuscritas. “Quem escreve, assimila 20% a mais do que quem digita”, avalia o especialista.
4. Atualize-se sobre os temas de sua área
É fundamental que o candidato esteja atualizado em relação a temas como política, economia e legislação.
“O Congresso Nacional e os Tribunais Superiores realizam muitas inovações. Além disso, as provas abordam muitas situações vividas pelo país”, explica.
5. Busque orientação
Contar com a ajuda de profissionais para direcionar o estudo é algo fundamental, pois cada concurso possui particularidades em relação ao conteúdo e ao perfil da banca examinadora.
“O contato contínuo dos profissionais da área com o mundo dos concursos faz com que eles sejam os mais capacitados para direcionar o estudo efetivamente”, ressalta Távora.
6. Utilize a técnica Pomodoro
Se você tem dificuldade em manter o foco e acaba sempre procrastinando os estudos, a técnica Pomodoro pode ser muito benéfica!
Este método foi desenvolvido pelo italiano Francesco Cirillo. Ele utilizou o nome “pomodoro” (tomate em italiano) em homenagem a um timer de cozinha, no formato deste fruto. Cirillo o usava para cronometrar seus estudos.
A técnica Pomodoro pode ser resumida em quatro passos:
- Escolha o assunto que você deseja estudar;
- Marque 25 minutos em um timer e comece os estudos. Atenção: é importante que nesse período você foque inteiramente na tarefa;
- Quando o timer despertar, descanse por 5 minutos. Fazer alongamentos, beber água, responder a uma mensagem: você escolhe a maneira de relaxar! O essencial é fazer algo sem relação com os livros;
- Em seguida, marque mais 25 minutos e volte à atividade. Quando completar quatro “pomodoros” (isto é, 60 minutos de estudo), faça pausas mais longas: de 25 a 30 minutos.
A técnica Pomodoro ajuda o cérebro a se concentrar por curtos períodos, facilitando a execução das atividades. Seu foco é em completar o “pomodoro”, e não em longas horas de estudo sem pausas. Assim, o processo se torna mais simples.
7. Faça mapas mentais
Os mapas mentais são uma forma de organização visual das ideias. Para isso, eles se utilizam de diversos recursos, como palavras-chave, setas, quadros e imagens.
Nosso cérebro absorve melhor as informações quando elas não estão isoladas. Fazer associações é essencial para memorizar os conteúdos.
Dessa forma, os mapas mentais facilitam estas associações e também o resumo das informações, ao apresentar todo o conteúdo estudado na forma de uma imagem.
Como começar o seu mapa mental? Uma maneira simples é descrita a seguir:
- Pegue uma folha e coloque no centro o conteúdo principal, a partir do qual todas as relações se irradiam;
- Para simbolizar este assunto central, você pode escolher uma imagem ou palavra-chave;
- Com o uso de setas e quadros, vá estabelecendo relações entre esse conteúdo central e outros. Utilize pequenos textos, imagens, símbolos… Enfim, use sua criatividade!
O que antes eram peças fragmentadas agora é um quadro coerente e resumido, com diversas relações estabelecidas entre as diferentes partes.
Se quiser treinar, você pode fazer um mapa mental deste texto. Coloque, no centro da página, a palavra-chave “técnicas de estudo” e vá abrindo as relações a partir dela. Por exemplo, puxe uma flecha e escreva “mapas mentais”, resumindo este tópico.
8. Use flash cards
Flash cards são fichas de estudo, úteis para estimular a memorização dos conteúdos aprendidos.
Em geral, eles são feitos em pequenos pedaços de papel retangulares, como se fossem cartões. Hoje em dia, há também a possibilidade de produzi-los digitalmente, por meio de aplicativos.
A ideia é que, de um lado da ficha, você escreva uma pergunta ou palavra-chave. Quando for estudar, leia a questão e tente respondê-la verbalmente. Em seguida, consulte o verso do cartão para ver se a resposta está correta.
É como se fosse um jogo de perguntas e respostas das matérias estudadas. De um modo mais descontraído, você repete as informações, faz uma busca na memória e as revisa.
9. Faça anotações das aulas
Você pode começar a estudar enquanto assiste à aula. Basta começar a anotar!
Há vários modos de organizar as anotações. O essencial é que você escreva o que entendeu com suas próprias palavras. Coloque o título da matéria e vá anotando, conforme acompanha a aula.
Se ficar com dúvida em algum tópico, sinalize. Depois faça uma pesquisa ou procure ajuda para solucionar a questão.
Este é um método de estudo ativo, no qual você está empenhado em construir um sentido, não só em receber as informações do ambiente. Os métodos ativos são mais eficazes para a memorização dos conteúdos.
Com as anotações da aula, você já tem um primeiro resumo. Logo, fica mais fácil construir seus fichamentos, flash cards e mapas mentais.
10. Organize seu ambiente de estudos
Você sabia que ter um bom ambiente de estudos pode estimular a sua concentração? Saber organizar seu espaço é uma técnica de estudo importante para evitar distrações e conseguir focar em suas tarefas.
Se você estuda em casa, escolha um ambiente mais isolado, no qual não passem tantas pessoas. Assim, você evita dispersões e conversas durante os estudos. Também pode repetir os conteúdos em voz alta tranquilamente.
Fique atento aos sons também. Certos estudantes preferem lugares com barulhos ao fundo, como cafés e bibliotecas. Já outros precisam de silêncio absoluto.
Escolha uma cadeira confortável e uma mesa na qual você possa apoiar todos os materiais necessários para o estudo. A iluminação é outro fator importante, pois você irá se dedicar à leitura e à escrita por longos períodos.
Por fim, mantenha sua mesa sempre organizada! Isso ajuda no seu dia a dia, para que você não perca tempo procurando por anotações, por exemplo.
11. Entenda o Ciclo de Estudos e o aplique
O Ciclo de Estudos é uma técnica desenvolvida por Frank Christ. Ele é composto por cinco passos, acompanhando o estudante antes, durante e depois das aulas.
Confira os cinco passos abaixo:
- Prepare-se antes da aula;
- Assista à aula;
- Revise;
- Estude;
- Avalie.
Entenda cada uma das etapas em detalhes:
1. Prepare-se antes da aula
Nesta etapa, você deve fazer uma primeira leitura sobre o assunto que será abordado durante a aula ou palestra. Leia o texto-base ou veja a apresentação de slides, fazendo anotações ou destacando pontos com marca-texto. Em caso de dúvidas, anote.
Você aprenderá mais com a aula, se estiver um pouco familiarizado com o assunto. Afinal, já teve um contato inicial com a matéria.
2. Assista à aula
Durante a aula, tire todas as suas dúvidas. Faça anotações, tentando colocar o conteúdo aprendido em suas palavras. Escolha a melhor maneira de fazer isso, seja no papel ou computador.
3. Revise
Depois da aula, revise as suas anotações. Ao fazer isso, você conseguirá verificar as lacunas no seu aprendizado, em quais pontos você está com mais dificuldade. Novas dúvidas podem surgir, portanto, escreva-as. Quando possível, faça uma pesquisa a fim de saná-las ou peça ajuda.
4. Estude
Em seguida, é hora de estudar a matéria. Faça mapas mentais, fichamentos, flash cards, repita o conteúdo em voz alta ou explique-o a alguém. Lembre-se de que, para fixar os conteúdos, a repetição é a chave.
Resolva exercícios e simulados, a fim de se habituar com o estilo de questão dos exames oficiais.
Tente fazer sessões de estudo intercaladas. A técnica Pomodoro pode ser útil na administração do seu tempo.
5. Avalie
Por fim, avalie se as técnicas de estudo que você está utilizando estão funcionando. Este é um passo que muitos concurseiros e estudantes deixam de lado na maratona de preparação para os exames.
Pergunte-se:
- “Os métodos que eu estou utilizando são os mais eficientes?”;
- “Eu estou fazendo progresso nos estudos?”.
Se as técnicas não estiverem funcionando, busque outras. Encontre aquilo que dê certo para você e invista. Não perca tempo com ferramentas que não o estão ajudando a aprender.
12. Organize seu tempo
Na preparação para os exames, muitas vezes, o tempo é um inimigo dos candidatos. São muitos conteúdos para absorver em um curto período. Além disso, eles têm de equilibrar outras áreas da vida, como trabalho e lazer.
Já sentiu dificuldade em administrar seu tempo? Se sim, fique calmo! Existem técnicas específicas que podem ajudá-lo a organizar seus horários, de modo a atingir suas metas de estudo.
Você pode utilizar ferramentas básicas como agendas, calendários e planners, tanto na versão física como digital.
Uma boa técnica é fazer o planejamento semanal dos estudos. Veja como executá-lo passo a passo:
- Para começar, faça uma lista com todas as tarefas que você tem na semana;
- Classifique-as de acordo com as prioridades;
- Escreva quanto tempo você acredita que cada atividade vai demandar;
- Agora, distribua-as ao longo dos dias da semana. Dê preferência àquelas mais urgentes, resolvendo-as antes;
- Conforme for completando as tarefas, risque-as da sua agenda.
A ideia é que você faça esse planejamento no domingo, de forma que já tem um guia para a sua semana. Não se esqueça de inserir atividades de lazer e pausas.
Também não tente dar conta de muitas tarefas em um curto espaço de tempo. Afinal, a preparação é longa, e você não pode gastar toda sua energia em uma semana só.
13. Utilize técnicas mnemônicas
Técnicas mnemônicas são “truques” que ajudam a memorizar informações. No seu ensino médio, provavelmente você usou uma frase engraçada ou uma música para decorar uma fórmula de física, não é?
Frases, músicas e acrósticos são exemplos de técnicas mnemônicas. Por exemplo, se você deseja decorar uma lista de estados brasileiros, faça uma frase utilizando as letras iniciais de cada um. Ache uma expressão que funcione para você e seja fácil de guardar.
Para os estudantes e profissionais do Direito, que têm de memorizar elementos-chave de uma grande quantidade de leis, o uso dessas ferramentas pode ser muito útil.
Mas, é claro, elas funcionam melhor para conteúdos curtos, e sem muita relação entre si. Em outros casos, é mais adequado compreender o assunto, como veremos no próximo tópico.
14. Tente entender o conteúdo, antes de memorizá-lo
A informação é absorvida mais facilmente quando a entendemos. Conteúdos organizados e que fazem sentido são melhores de guardar. Portanto, tente compreender a matéria, antes de ficar tentando memorizá-la.
Tire todas as suas dúvidas e veja quais são as brechas na sua compreensão. É muito importante que a matéria faça sentido para você.
Assim, é mais simples de fazer associações e avançar nos estudos, fazendo exercícios, colocando o assunto em suas próprias palavras e repetindo para fixar.
15. Explore outras mídias
Às vezes, ficar longos períodos estudando e fazendo resumos pelos livros pode se tornar cansativo. Por isso, você pode explorar outras mídias: assistir a videoaulas, ver resoluções comentadas de exercícios ou resumos feitos por professores.
Leia mais: Conheça o Saraiva Conecta, a plataforma digital com materiais complementares aos livros da Saraiva Educação.
Além disso, nas horas vagas, você pode aliar lazer e estudos, assistindo a filmes ou séries que abordem os temas estudados. Eles podem auxiliar na sua compreensão sobre o tema, e também facilitar a memorização, pois trazem imagens para o que antes era apenas texto!
Conheça 25 boas séries de Direito.
16. Utilize gravações de áudio
A técnica da gravação de áudio é excelente para quem tem mais facilidade em memorizar aquilo que escutou. Se você é daqueles que se lembra mais do que o professor falou durante a aula, e menos dos conteúdos que estavam na lousa ou nos slides, esta é uma boa técnica de estudo!
Para aplicá-la, grave a leitura dos seus resumos em voz alta. Você pode utilizar seu celular, por exemplo. Depois, ouça os conteúdos gravados várias vezes, a fim de fixá-los.
Você pode escutá-los durante o seu deslocamento até a faculdade ou o trabalho. Ou enquanto faz outras tarefas em casa.
Áudios das aulas e de podcasts específicos sobre os conteúdos estudados também são de grande ajuda.
Esperamos que você tenha gostado dessa lista de 16 técnicas de estudo! Quer saber como treinar seu cérebro para reter mais informações? Confira também este post sobre técnicas de memorização!