Se você está minimamente inserido no universo dos concursos públicos, é muito provável que já tenha ouvido o termo “concurseiro”. Estamos falando sobre profissionais que se dedicam a fim de alcançar o objetivo de serem aprovados em concursos.
Tal dedicação é análoga à dos alunos que estudam para passar em vestibulares. Um estudo financiado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) mostrou que existem, atualmente, cerca de 560 mil servidores em atividade no país.
Com o envelhecimento da população previsto para os próximos anos, a demanda de profissionais na rede pública federal pode chegar a 655 mil em 2050, número 17% superior ao contingente em atividade hoje.
No entanto, se tecnologias de automação forem implementadas de forma moderada – em atividades como preparar relatórios, formulários e planilhas –, a necessidade de servidores pode cair para 572 mil, no mesmo ano.
O fato é que – seja menor ou maior –, continuará existindo uma demanda de servidores públicos no país. E, para esse tipo de atuação, é necessário prestar um concurso público e seguir os seguintes pré-requisitos:
- Ser brasileiro nato ou naturalizado;
- Estar em dia com as obrigações eleitorais e militares;
- Ter, pelo menos, 18 anos de idade;
- Possuir aptidão física e mental para desenvolver as atividades do cargo;
- Ter a formação exigida para o cargo desejado.
Dependendo do posto ou região a que o concurso é destinado, pode ser necessário atender a outras exigências. Após a aprovação no certame, os profissionais passam por um período de experiência e, só então, são nomeados como servidores públicos.
Mas, antes desse processo, é preciso dar um passo atrás e entender o que faz um concurseiro e como ser bem-sucedido a ponto de conseguir o cargo a que se aspira.
Vem com a gente aprofundar o seu entendimento sobre o assunto. É só continuar a leitura!
O que é necessário para ser um concurseiro?
Uma vez que o dia a dia de um concurseiro está intrinsecamente atrelado ao desejo de ser aprovado em um concurso público, a sua principal atividade consiste no preparo para participar do processo seletivo.
Isso significa que um concurseiro precisa estar disposto a dedicar grande parte de seu tempo a muito estudo e busca de conhecimento sobre o processo seletivo a que irá se submeter.
Qual é o perfil do concurseiro?
Francisco Fontenele, professor e diretor pedagógico da Rede LFG, compartilhou a sua experiência com o apoio a profissionais que buscam aprovação em concursos públicos. Também traçou o perfil de um concurseiro.
Acompanhe o relato e as dicas de estudo do educador a seguir!
Característica de quem presta concursos, por Francisco Fontenele
Dediquei-me à preparação para concursos públicos ao longo da minha carreira, o que me possibilitou contribuir de alguma maneira para que milhares de pessoas obtivessem aprovação em concursos públicos com apoio de cursos preparatórios que participei e participo, seja na criação ou com direcionamento pedagógico.
O trabalho permanente com os melhores professores do segmento e, sem sombra de dúvidas, com os alunos, permitiu que os avaliasse, percebesse e apontasse qualidades, que eles foram aperfeiçoando, e também deficiências, que eles mesmos foram sendo capazes de corrigir ao tomar consciência delas.
Examinando os concurseiros bem-sucedidos e que passaram em concursos públicos, são evidentes alguns elementos em comum.
Para vencer milhares de concorrentes e ter as melhores notas, eles se preocuparam, primordialmente, com o domínio do conteúdo programático das disciplinas exigidas, tiveram foco e determinação para estudar com seriedade e, para isso, foram rigorosos no estabelecimento e cumprimento de rotinas.
Mas como eles chegaram a essas virtudes em comum? Identificando e corrigindo os pontos fracos e buscando, incessantemente, o aprofundamento e a consolidação dos conhecimentos por meio de metodologias apropriadas.
Não dá para ser um concurseiro “paraquedista”, que vai tentar a sorte e quer fazer todos os concursos sem se preocupar com a preparação adequada – aliás, esse tipo de candidato tem chance mínima de sucesso.
Isso não significa que ele não busque o êxito em mais de uma carreira. Mas é preciso ter um “foco central”, ou seja, uma atenção especial calcada no edital específico daquele cargo que, em especial, quer atingir.
Alguns aspectos são essenciais e o bom concurseiro não pode ignorar, já que definem seu perfil e seu desempenho:
Objetivos e processo de escolha
O bom concurseiro tem objetivos profissionais na vida. Já escolheu a profissão e procura os concursos mais adequados às suas capacidades e interesses. Já fez sua “autoavaliação”:
- Mediante aferição dos seus conhecimentos por meio da resolução de simulados prévios;
- Conhecendo as deficiências em cada disciplina e seus respectivos temas e/ou pontos dos conteúdos programáticos;
- Promovendo o reforço nos estudos para corrigir tais deficiências.
O bom concurseiro deve ser determinado. Ele tem consciência de que precisa investir na sua preparação e de que a concorrência é, a cada concurso, mais acirrada. Isso exige foco.
Uma característica adicional das pessoas bem-sucedidas nos concursos é o fato de conhecerem seus deveres – e também os seus direitos. Elas conhecem o inteiro teor do(s) edital(is) do(s) concurso(s) do seu efetivo interesse.
O bom concurseiro já está se preparando antes mesmo de o concurso ser divulgado, não espera sair o edital para começar a estudar.
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Curso preparatório
Para a maioria dos aprovados, o “mapa do tesouro” foi o curso preparatório que fizeram para o concurso almejado, e que os colocou em contato com professores capazes de lhes transmitir com segurança os melhores ensinamentos, passando diretrizes (perfil das bancas, modo de interpretar, posição dos tribunais etc.) sobre o que tende a ser exigido, bem como indicação da melhor bibliografia.
Por isso, é importante verificar qual curso tem um corpo docente comprovadamente especializado, sendo capaz de ensinar o conteúdo atualizado de acordo com os editais. As melhores lições, induvidosamente, perpetuam a informação.
É preciso também avaliar a formatação, a carga horária do curso, a metodologia e se os recursos/ferramentas ofertados são eficazes para sedimentar seus conhecimentos.
É fundamental ainda que o curso e seu corpo docente tenham, efetivamente, um histórico expressivo em aprovações recentes. Para passar nos concursos é essencial investir na melhor bibliografia.
Tem que pesquisar e não cair na armadilha de se limitar ao conteúdo mais facilmente disponível, como simples apostilas e material desatualizado (fácil de achar na internet, por exemplo), pois nem todo material disponível é adequado ao bom aproveitamento acadêmico.
Banca examinadora
É importantíssimo saber qual o perfil da banca examinadora responsável pela elaboração e/ou aplicação das provas do seu concurso e saber todas as características da instituição, principalmente, como esta formula e aplica as questões.
Para tanto, é indispensável que o concurseiro pesquise e conheça as provas aplicadas anteriormente. Saber quem constitui a banca examinadora também ajuda muito, e isso tem sido considerado decisivo para concurseiros que atinaram para esse aspecto.
É bom tentar se informar o máximo possível sobre quem elabora as questões, não deixando de identificar os temas que têm maior probabilidade de incidência em cada disciplina.
Simulados e provas de concursos anteriores
Praticar resolvendo simulados é uma das receitas de sucesso de boa parte dos concurseiros que conseguiram chegar lá. Eles procuram material de boa procedência, feito por profissionais especializados e com comentários atualizados a respeito de cada matéria específica do concurso.
Além de sedimentar os conhecimentos, isso permite que o candidato saiba administrar melhor o tempo que poderá destinar à resolução das questões e à transcrição para folha de respostas da prova.
Procurar provas de concursos anteriores e resolvê-las é outra receita de sucesso. O concurseiro que “autoaplica” provas de concursos anteriores ganha mais domínio dos temas exigidos. É importante, não se ater somente à resolução das questões de múltiplas escolhas, mas também treinar questões dissertativas e redação.
Portanto, escrever bastante é essencial para obter o melhor desempenho nessa fase do concurso, que é de caráter eliminatório e decisivo. É imprescindível recuperar o hábito de escrever sempre!
Rotina de estudos
Porém, tudo isso só funciona a contento para quem sabe criar uma rotina diária de estudos. O segredo é estabelecer horários e personalizar os períodos diários de estudo de acordo com o tempo disponível. Para isso, é preciso saber dosar os estudos com os compromissos pessoais.
Nada se faz na vida sem sacrifício! O concurseiro deve ter consciência de que abrirá mão de convites para festas, namoros, jogos, viagens não programadas etc. Ele não pode comprometer o tempo diário dedicado aos estudos.
Sempre com uma boa dose de equilíbrio.
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Calendário de estudos
Cumprir o calendário de estudos é outra característica do concurseiro de sucesso. Cada hora de estudo perdida, devido a algum contratempo, deve ser rapidamente reposta.
Deixar os estudos para o fim de semana, por exemplo, não é recomendado. É melhor dedicar-se todos os dias do que concentrar os estudos num grande número de horas. Deixar o estudo para a última hora não é eficaz.
“Varar noites” não vai adiantar porque não rende o suficiente. Mesmo assim, o bom concurseiro tem consciência de que, vez ou outra, enfrentará o sacrifício de estudar cansado ou ter de repor horas de estudo que perdeu na semana por força de mudanças no seu calendário pessoal.
No caso de estudar por tempo prolongado, é importante desenvolver estratégias, como dividir o tempo por disciplinas. Levantar-se a cada intervalo de tempo e tomar chá podem ser um bom estímulo para enfrentar os “rounds” seguintes para quem estuda por muitas horas.
Local de estudo
Outro detalhe que faz a diferença é a escolha de um lugar adequado para estudar. A iluminação deve ser adequada, e o ambiente deve ser silencioso (preferencialmente em sala exclusiva) de modo a não tirar a atenção dos estudos.
Concentração e estudar com prazer faz a diferença. Não adianta estudar sem concentração! Tudo isso serve para garantir o bom rendimento.A desatenção em face de cada um dos aspectos que acabo de abordar faz perder pontos.
Ficar atento a cada um deles e aplicar as estratégias sugeridas é o primeiro passo para ser bem-sucedido em concursos. Não se trata de uma fórmula, mas de um elenco de características que sinalizam para o sucesso.
Você é capaz! Com foco, determinação, comprometimento, sacrifícios e técnicas de estudos bem definidas conquistará o sucesso almejado. A realização pessoal e profissional depende de você!
Fonte: Jusnavigandi
6 principais erros cometidos pelos concurseiros
O professor Francisco Fontenele apontou também os principais deslizes cometidos pelos concurseiros. Nas palavras do diretor pedagógico da Rede LFG:
Não é segredo para ninguém que o concurseiro deve ser persistente e ter disciplina em suas ações. Assim, de nada adianta se ele se propuser a mudar sua vida para melhor e, por outro lado, não ter empenho suficiente.
Ao deixar de cumprir algumas premissas básicas para se sair bem em provas, este candidato se entrega à sorte – que nunca o ajudará, uma vez que as provas costumam ser complicadas, pegar os alunos pelo raciocínio lógico, ter armadilhas e muitos outros concorrentes, que podem ter se preparado da melhor forma possível.
Para que nada comprometa o sucesso desta empreitada, o blog LFG listou alguns dos principais pecados cometidos pelos concurseiros. Confira:
- Falta de planejamento;
- Gastar todo seu tempo de estudos em teorias;
- Pular etapas da rotina de estudos;
- Estudar somente o que te agrada;
- Ignorar provas anteriores;
- Não fechar ciclos de temas.
1. Falta de planejamento
Planejar, não somente a maneira que irá estudar, mas seus estudos por completo pode ser a saída para que a prova não te envolva em um completo mar de novidades.
Afinal, o edital está aí para direcioná-lo sobre os assuntos tratados e, geralmente, são muitos, não é mesmo? Por isso, trace um planejamento de estudos. Ele pode ser feito com horas dedicadas diariamente ou mesmo em dias intercalados. O problema é deixar para estudar todo o conteúdo em cima da hora.
Reveja o que você já sabe (começar por aí, pode ser uma boa saída, apontam especialistas) e parta para o que faz parte de um novo conhecimento. Além disso, procure, com este planejamento, não criar um plano que não consiga levar adiante.
Portanto, dentro desta tarefa, respeite-se: atribua a você a carga que conseguir sustentar. Se impor uma meta de oito, nove horas de estudo por dia, pode comprometer sua tranquilidade nos dias antecedentes ao concurso, bem como a realização da prova.
Pense nisso e se organize de acordo com o seu método de estudo.
2. Gastar todo seu tempo de estudos em teorias
De nada adianta você ler o edital completo de sua próxima prova e simplesmente estudar muito só a parte teórica. É importante saber que somente a prática pode levá-lo a algum lugar.
A teoria é relevante? Sim e nunca pode ser deixada de lado. No entanto, apostar só em questões teóricas para seus estudos está fadado ao fracasso.
Certamente, em seu tempo de estudo, uma boa parte de exercícios sobre àquela teoria deve ser realizada o tempo todo. Por isso, assim que você descobrir qual o seu melhor método de estudos, pratique bastante.
3. Pular etapas da rotina de estudos
Da mesma forma que pode ser prejudicial tanto à saúde do concurseiro quanto ao aprendizado não planejar seus estudos, não criar uma rotina ou mesmo pular etapas pode afetar todo o processo final.
Dessa forma, estabeleça, dentro de seus limites, uma rotina para os estudos e procure mantê-la com afinco e força de vontade, sem pular etapas. Ao manter um padrão em sua forma de estudar, as informações tendem a ser mais construtivas no aprendizado.
Além disso, ampliar as formas de conhecimento e métodos, pode ser a salvação para algum assunto que não esteja sendo bem compreendido, por exemplo. Por isso, aproveite audiobooks, apostilas, vídeos e todo e qualquer conteúdo que agregue sua vontade de estudar e melhore seu conhecimento.
4. Estudar somente o que te agrada
Este é um dos principais pecados do concurseiro. Afinal, é muito mais gostoso estudar aquilo que gostamos, não é mesmo? Assuntos de preferência são sempre absorvidos da melhor forma. Portanto, fuja um pouco dos conteúdos que mais te apetecem, seja por identificação ou mesmo por facilidade.
Desafiar-se continuamente, inclusive, pode aprimorar a forma como este conhecimento é absorvido. Certamente, ao abrir este caminho sobre o desconhecido, seu cérebro se renovará.
5. Ignorar provas anteriores
A resolução e estudo de provas anteriores do concurso que você vai prestar é fundamental. Por isso, não ignore as avaliações que foram aplicadas em outros anos.
Mesmo que os assuntos tenham se renovado, é justamente a prática que o deixará atento às famosas pegadinhas, além de melhorar o raciocínio lógico e fazer com que a concentração seja direcionada para o que realmente é importante.
Além disso, essa prática de exercícios de provas aplicadas anteriormente leva também ao conhecimento do estilo da avaliação – essencial para uma boa produtividade em relação ao que os examinadores podem exigir.
6. Não fechar ciclos de temas
É recomendável ir ao final de um tema preestabelecido. É um erro pular de assunto em assunto sem fechar ciclos.
Quebra a lógica e, na medida em que retornar ao estudo daquele tema, precisará voltar para relembrar do que se tratava e haverá perda de tempo. A recomendação é não mudar de tópico sem fechar o ciclo de pensamento do assunto anterior, mesmo que sejam necessários dias de dedicação.
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7 qualidades que o concurseiro precisa desenvolver
Reforçando e complementando os pontos levantados até aqui, vamos nos aprofundar um pouco mais nas qualidades que devem ser trabalhadas e desenvolvidas pelos concurseiros.
No livro Agenda do Concurseiro, que contém planners semanais para ajudar concurseiros e estudantes que se preparam para o Exame OAB (da Ordem dos Advogados do Brasil), os autores Marcelo Hugo da Rocha e William Douglas apresentam uma série de dicas e técnicas de estudo para concurseiros e jovens profissionais.
Eles explicam a importância do primeiro passo para o início de uma jornada e refletem como somos ótimos em nos planejar, mas ainda falhamos na execução desse planejamento.
Diante disso, os autores indicam que, mais do que tomar uma decisão, é preciso acreditar realmente que é possível realizar o sonho da aprovação. O objetivo deve ser claro, otimista e real.
Como já pontuamos antes, o concurseiro precisa definir qual carreira ou concurso deseja alcançar. Feito isso, deve ter sete qualidades para começar a estudar:
1. Motivação
Segundo os autores, a motivação consiste na disposição para agir.
“Se você deseja ser aprovado na OAB ou em concurso público, é porque há uma razão para isso. A aprovação na OAB tornará possível concorrer a uma vaga num escritório ou abrir o seu próprio ou mesmo garantir o requisito que muitos concursos exigem.
Já a aprovação em concursos irá trazer todos os benefícios que o cargo público oferece. Diante dessas perspectivas, é possível se manter motivado durante a jornada preparatória, pois como se sabe, ‘concurso público: a dor é temporária; o cargo é para sempre’ (William Douglas)”, refletem os autores.
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2. Compromisso
Para Marcelo Hugo da Rocha e William Douglas, o compromisso traz constância de propósito, firmeza de vontade e perseverança.
“Lembre-se de quando você se compromete com alguém para determinado evento ou realização. Temos certeza de que você fará de tudo para cumprir. Quem sabe não seja a hora de você se comprometer com você mesmo?”, pontuam.
3. Autodisciplina
Sabe quando bate aquela vontade de jogar tudo para o alto e, simplesmente, viver o momento sem pensar nas consequências? Bem, é aí que a autodisciplina deve se fazer presente!
“A autodisciplina traz o poder de renunciar às distrações e importunações que atrapalharão seus estudos, como, por exemplo, uma vida social ativa.
A vida de concurseiro ou oabeiro é uma vida de casado com os estudos e nada mais. Descansar é importante, mas cumprir com o planejamento é mais ainda. Sendo assim, planeje também seus descansos!”, aconselham os autores do livro Agenda do Concurseiro.
4. Organização
A Organização tem tudo a ver com fazer escolhas e estabelecer prioridades, segundo Marcelo Hugo da Rocha e William Douglas. É neste sentido que o planner é um instrumento que pode ajudar você a se organizar e fortalecer o compromisso e a autodisciplina.
Trata-se de uma forma de criar um planejamento que considere o que você precisa estudar, como estudar e o quanto estudar.
5. Acuidade
“A acuidade é prestar atenção. Não adianta você abrir um livro ou assistir à aula com os pensamentos em outro lugar. Será total perda de tempo, porque, provavelmente, você precisará repetir a tarefa.
Se há assuntos urgentes para resolver, resolva. Se podem ser resolvidos em outro momento, conscientize-se de que eles podem esperar e que os estudos precisam de mais atenção. Faça esse acordo com a sua mente”, recomendam os autores.
6. Flexibilidade
Para eles, a flexibilidade traz capacidade de adaptação.
“Nem sempre as coisas acontecem como planejado ou o que investimos traz o resultado esperado. Aprender a se adaptar é aprender com os erros ou com as circunstâncias. Se não está funcionando, pare e reflita. Parar e afiar o machado é tão importante quanto cortar a lenha”, indicam.
7. Consciência do projeto
“A consciência do projeto é dimensionar o tempo e o trabalho que será realizado para alcançar a aprovação. Saiba o tempo de que você dispõe para estudar, o tempo de que dispõe até ser aprovado e quanto de dedicação (financeira, inclusive) envolverá esta jornada”, aconselham.
É concurseiro? Conheça o ciclo PDCA!
A técnica PDCA, conhecida também como ciclo de Deming, é um método de gerenciamento de qualidade bastante conhecido. Veja o que significa cada letra da sigla:
- P – plan – planejar;
- D – do – fazer;
- C – check – checar;
- A – action – ação corretiva.
No livro Agenda do Concurseiro, os autores explicam como aplicar esta técnica no processo de preparação para provas e concursos.
“Em nossa dinâmica de estudos, planejar significa a organização dos estudos, definindo metas, prioridades e métodos.
Fazer é colocar a coisa para funcionar, em outras palavras, estudar mesmo; checar ou verificar é a atividade que mede os resultados e os compara com os desejados. Simulados e resolução de questões são formas de checagem.
E ação corretiva é corrigir e aprender com os erros, adaptar e ajustar a rota de estudos. Além disso, aperfeiçoar os pontos a melhorar para trazer resultados positivos mais rápidos”, pontuam.
Se você é concurseiro, certamente percebeu que o ciclo PDCA é facilmente aplicável ao contexto de estudos daqueles que estão se preparando para concursos públicos, certo? Ele pode servir de base para a elaboração e execução do seu plano de estudos.
Isso porque, seguindo as fases do ciclo, é preciso: definir um objetivo, iniciar um planejamento e, então, refletir sobre como a conquista será alcançada e o melhor método para isso.
Depois de elaborar o seu plano, você deve executá-lo, sem procrastinar. Cumpra-o com empenho para colher os melhores resultados possíveis!
Diga adeus à autossabotagem
Falando em procrastinação, os autores atentam para os perigos da autossabotagem. Eles refletem que:
“Sabe-se, ou pelo menos se deveria saber, que o maior concorrente para o concurseiro ou oabeiro dorme e acorda com ele todos os dias: ele mesmo!
A mesma mente amiga, que lhe pertence, atrapalha também. Mesmo assim, muitos estudantes ignoram ou acreditam que pouco efeito faz a parte emocional sobre os estudos, preferindo atribuir seus fracassos ao acaso ou a culpa de terceiros, especialmente a alta concorrência.
A jornada vitoriosa é somente sua. No Exame da OAB você precisa acertar 50% na 1ª fase e 60% na 2ª fase. Ninguém vai impedi-lo de alcançar esse resultado além de você próprio.
Nos concursos, o experiente sabe que precisa alcançar linhas de corte, ou seja, uma métrica revelada pelo último que foi aprovado ou chamado para assumir uma vaga no certame anterior.
Muitos editais revelam também os acertos mínimos, mas quem mira em garanti-los estuda menos e fica pelo meio do caminho. Pensar grande ou pequeno não dá o mesmo trabalho?
Ademais, não enxergue a prova como uma inimiga, mas como uma oportunidade de aprendizado. A reprovação dói? Claro, mesmo para quem sabe que não estava preparado.
Tenha o seu luto pós-prova, mas não deixe de analisar os seus acertos e erros. Como é uma oportunidade de crescimento, você busca não cometer os mesmos erros, para tanto, precisa focar em solucioná-los com mais tempo e dedicação.
Às vezes você ganha, às vezes você aprende. Por isso, a capacidade intelectual sozinha não traz resultados positivos sem a ajuda da inteligência emocional”.
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3 dicas para evitar a procrastinação
Está embarcando agora na jornada de concurseiro e ainda tem dificuldades em estabelecer uma rotina de estudos e evitar aquele constante desejo de procrastinar? Para finalizar este conteúdo, deixamos algumas dicas para você. Confira!
1. Execute pequenas tarefas
Para contornar os sentimentos negativos frequentemente associados a tarefas que você julga chatas, uma boa ideia é executar ações simples e práticas que ajudem você a realizar as tarefas por pequenas escalas.
Ao colocar essas tarefas no seu dia a dia aos poucos, elas se tornarão menos desagradáveis, até virarem um hábito para você.
2. Comece pelo mais difícil
Começar o seu dia com a tarefa mais difícil pode ajudar você a não adiar constantemente uma obrigação necessária para que você atinja um determinado objetivo. E, ao se livrar do que é mais difícil, você ficará muito mais tranquilo(a) para seguir com as demais demandas da sua rotina de estudos.
3. Limite as distrações
Você sabia que ter o seu smartphone por perto, ainda que não o esteja usando, faz com que você tenha um desempenho 20% pior do que se ele estivesse fora de vista? Isso é o que mostrou um estudo divulgado pela Associação Americana de Tecnologia.
Sendo assim, procure dar um tempo do celular no momento de estudo. Também pode ser uma boa ideia utilizar aplicativos para bloquear sites que causem distração ou restringir o seu acesso à internet.
E, então, gostou deste conteúdo? Ele foi produzido pela LFG, referência nacional em cursos preparatórios para concursos públicos e Exames da OAB, além de oferecer cursos de pós-graduação jurídica e MBA.Se você é concurseiro e está buscando as melhores dicas para aprimorar o seu preparo para concursos públicos, continue em nosso blog e descubra 100 dicas de português para concurso!